Por Felipe Rezende
Botox, lipoaspiração, silicone, retirar costelas, lipoescultura... todos métodos para se atingir o tão sonha “corpo perfeito”. Quanta ilusão e utopia.
Antes, era visto como corpo perfeito, o corpo frágil, envelhecido, com as tão famosas rugas, que hoje são nada mais nada menos do que marca de uma velhice, mas que antes era considerada como símbolo de experiência e vivência, como conhecimento da vida. Hoje, essas marcas estão sendo apagadas, com técnicas cada vez mais avançadas.
Seria isso o certo a fazer? Apagar as marcas de uma vida, as marcas do conhecimento, as marcas do tempo e as marcas das preocupações vividas durante anos e anos ao lado de família, amigos, namorados ou namoradas. É realmente isso, que você quer?
Eu não quero isso pra mim. Eu quero viver, amar, sofrer, rir, dormir, ter rugas. Mostrar que vivi, e extrai da minha vida até a ultima gota de aproveitamento que eu consegui. Mostrar que convivo com minhas rugas e tenho orgulho delas. Orgulho de ser um velhinho feliz, animado, de bem com a vida, e que vai aproveitá-la até o último segundo restante.
E enquanto eu vivo, você guarda repouso de mais uma cirurgia plástica.
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