Da submissão ao comando

Por Felipe Rezende

   Um assunto muito discutido nos dias atuais é a presença da mulher na vida social de um país. Assunto esse, que deve ser observado e levado em conta desde a sua origem, em 1893, quando na Nova Zelândia, as mulheres tiveram seu primeiro direito ao voto.

   Durante toda a idade média, a mulher era vista somente como a companhia para um homem, responsável pela educação dos filhos e pela ordem da casa, ou como a escrava doméstica de casas de família. Durante o Modernismo, a mulher começa a se destacar como uma trabalhadora, e começa a sair de casa para trabalhar, mesmo que a sociedade da época reprovasse a atitude da mesma.

   É engraçado, se formos reparar, em pleno século XXI a mulher ser independente, ser totalmente capaz de conciliar o trabalho fora de casa com a família sem deixar faltar nada a nenhum dos dois, educar os filhos, e se destacar em suas funções com plena competência, ainda não ser valorizada com devido merecimento, e ser vista com os mesmos olhos de décadas atrás. É engraçado ver que todos, querendo ou não, ainda vêem a mulher como o “ser frágil”, incapaz de exercer certas funções, mesmo tendo diante dos olhos provas concretas de que essa é uma visão errada. Mulheres a cada dia que passa demonstram maior capacidade de exercer qualquer trabalho, mesmo que eles sejam taxados de trabalhos exclusivos para homens.

   É difícil ver mulheres que dirigem caminhão para transporte, ou mulheres motoristas de ônibus, ou mulheres exercendo trabalhos braçais, mas quem vai ousar afirmar que não têm mulheres que executam esses trabalhos?

   As mulheres têm se mostrado extremamente eficientes não somente quando o assunto é trabalho, mas também quando o assunto em questão é quebrar barreiras. É uma tremenda eficiência quando a mulher prova para uma sociedade extremamente machista, que é capaz de ser independente, de cuidar de uma família e ser um bom exemplo para seus filhos, mesmo após a exaustão de uma jornada de trabalho.

   O ser humano é, e sempre foi criado sob a sombra da mãe, que antes tinha como

a única obrigação educar os filhos e cuidar da casa, mas hoje ela é capaz de sustentar uma casa, antes, função exercida pelo marido. Será que não merecem uma valorização do seu trabalho?

   Pesquisas comprovam que a mulher, em muitos casos se entrega mais ao trabalho e o executa com maior eficiência do que os homens, mas isso não é o suficiente para que a sociedade valorize o trabalho de uma mulher de igual ou superior competência do que o mesmo trabalho feito por um homem e que não atinge o resultado esperado. Por que a mulher não tem seu trabalho remunerado de forma igualitária ao de homens?

   O ideal de final feliz imposto na vida de crianças através de contos de fadas foi desfeito, porque hoje, as mulheres têm direito de se expressar, tem voz ativa em uma relação, tem suas opiniões expressas, e não mais cala e consente, fazendo com que quando algo não a satisfaz tenha um “Fim”, que pode não ser feliz para sempre.

   É necessário lembrar que vidas são originadas da união igualitária de gametas de um homem e de um gameta de uma mulher, ninguém é mais do que ninguém, por isso, vamos lutar para que a mulher, o ser que por nove meses gera uma vida, que por alguns instantes supera dores para trazê-la ao mundo, e que pela vida inteira batalha para dar um futuro a ela, tenha o valor que merece. 

[/ Redação de escola. kkkkk.  gostei e está aqui agora.]