Pequenos Robôs.

Por Felipe Rezende

Se tudo pudesse ser resolvido a nosso modo, realmente tudo seria mais fácil. É necessário ponderarmos nossas atitudes, pois as leis do mundo e da sociedade, são baseadas na “educação”.
Diariamente somos obrigados a ignorar desaforos e permanecermos calmos e quietos, inertes, diante de ocasiões que as vezes fogem ao nosso padrão de “bom”, ou seja, ocasiões que não nos beneficia. Incomoda, é necessário assumir, ate porque, o ser n só é saciado quando está sendo beneficiado.
Freud disse certa vez, “Somos feitos de carne, mas temos de viver como se fossemos de ferro.”, e por mais difícil que seja temos mesmo que nos passar por pessoas de ferro, ou melhor, por pessoas de aço inox, resistente até as ações naturais como a oxidação.
De certa forma, hoje, já nascemos preparados para tudo, mulheres estão gerando pequenos robôs e não bebês. Gerações “mais vividas” ainda demonstram vestígios de emoções, afinal, chega um momento em que o limite da tolerância é ultrapassado, e a taça emocional transborda, e o ser humano de carne e osso fica exposto.
Já as novas gerações, a qual denominei de “Pequenos Robôs”, nascem em um mundo frio, seco, se analisado de forma sentimental. Esse mundo privilegia os fortes, o que acaba fazendo os pais levarem os filhos para a escola, buscando a força para lutar pelo seu espaço, cada dia mais cedo, deixando-as atarefadas, com pouco divertimento e as acostumando a agir sob pressão desde pequenas.
Parece que quanto maior é a capacidade de analisar e de adequar as circunstâncias, melhor é o indivíduo, e quem chora, ama, sente, é fraco, pois a rotina hoje não dá tempo, nem abre espaço para nos expressarmos, fazendo assim, com que nossas opiniões e pensamentos só tenham valor para nós mesmos.
Cabe a nós, acabarmos com esse estereotipo de pessoa perfeita estipulado pela sociedade e analisarmos se o que estamos nos tornando, e se as influências que sofremos estão nos fazendo bem, se fazem com que não percamos nossa essência, para que assim continuemos a ser quem somos e a fazer o que queremos.