Cadê minhas asas? (parte 1)

Por Felipe Rezende

Numa Boa! Hoje decidi fazer revolução e finalmente disse um NÃO, raspei minha cabeça, e nunca foi tão bom sentir o vento passando por mim. Me sinto livre finalmente. Como isso é bom!

Hoje fiz novas descobertas, mas nenhuma me tirou a impaciência e a ansiedade. Decidi parar de roer minhas unhas... Vou deixá-las crescer, assim um dia, os muros não irão mais me barrar!

Aprendi a ver a beleza nos olhos de quem me quer bem, e percebi que o brilho dos meus olhos ofusca o mau que me rodeia.

Hoje, acho que pela primeira vez, eu ri com real felicidade, e abandonei o meu sorriso forçado.

Pela primeira vez me sentei na varanda de casa, brinquei com meus cachorros, e após um demorado suspiro, olhei para o nada e discuti com meus botões a falta do que fazer. Dormi!

Acabei de acordar e sai do meu casulo, mas não achei minhas asas. Presenciei uma lágrima percorrer minha face. Senti-me mal.

Continuo a me iludir. Malditos sonhos! Por que insitem em me perturbar?! Talvez seja meu destino conviver com meus doces suspiros amargos! Só não sei se quero isso pra mim!